Recentemente surgiram especulações de que o presidente dos EUA, Donald Trump, poderia proibir a emissão de vistos para torcedores brasileiros que queiram acompanhar a Copa do Mundo de 2026, sediada pelos EUA, México e Canadá. Essa notícia foi divulgada pela CNN Brasil, que afirma que Trump estaria “considerando a possibilidade” de adotar tal medida restritiva durante o torneio. cnnbrasil.com.br. Diante de boatos espalhados nas redes sociais e em sites de notícia, é crucial analisar suas origens e motivações, contextualizando a polêmica no cenário diplomático atual.
- 30 de julho de 2025: A CNN Brasil apurou que o presidente Donald Trump avalia banir vistos de brasileiros, incluindo o período da Copa de 2026. cnnbrasil.com.br.
- 31 de julho de 2025: Em contraste com o rumor, a Embaixada dos EUA no Brasil publicou nas redes sociais um alerta lembrando que a Copa será histórica e recomendando que os torcedores solicitem vistos “AGORA” para garantir sua viagem. cbn.globo.com.
- 6 de agosto de 2025: Trump assinou um decreto executivo oficializando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, reforçando a tensão comercial entre os dois países. cnnbrasil.com.br. Essa medida passou a valer dias depois, em 6 de agosto.
Possíveis motivações e contexto político
A imagem acima mostra o presidente Lula e o então presidente Trump em encontro diplomático. O atrito entre Brasil e EUA se acentuou recentemente com sanções mútuas: os EUA impuseram pesados tarifas sobre exportações brasileiras. cnnbrasil.com.br, enquanto sancionaram autoridades brasileiras (por exemplo, o ministro do STF Alexandre de Moraes) por supostas violações à liberdade de expressão. chathamhouse.org. Nesse contexto, analistas afirmam que Trump poderia usar restrições de vistos como mais uma ferramenta de pressão política. Segundo reportagens, o veto às entradas teria como intenção “impactar a opinião pública brasileira contra o atual governo” de Luiz Inácio Lula da Silva. cnnbrasil.com.brinfomoney.com.br. Em outras palavras, a medida seria uma retaliação ao governo Lula, alinhada à agenda econômica e ideológica da administração Trump.
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Fatores analisados por especialistas:
- Pressão política interna: A estratégia se encaixa na agenda “MAGA” de Trump, mobilizando sua base eleitoral através de retórica dura contra imigração e protegendo interesses de aliados políticos (ex. ex-presidente Bolsonaro). chathamhouse.orgcnnbrasil.com.br.
- Disputa comercial e retaliação: Além de prejudicar popularidade de Lula, a restrição de vistos surge em meio à guerra tarifária já desencadeada contra o Brasil. Trump justificou as tarifas de 50% alegando “ameaças à segurança nacional” e “censura a empresas americanas” pelo governo brasileiro. cnnbrasil.com.brcnnbrasil.com.br. O veto a vistos seria mais um sinal de retaliação econômica.
- Mensagem a países do BRICS: Segundo analistas internacionais, os Estados Unidos estão usando o Brasil como exemplo para coagir outras potências emergentes (como China, Índia e Rússia) a não se afastarem da ordem liderada pelos EUA. chathamhouse.orgchathamhouse.org. Na visão desses especialistas, punir o Brasil enviaria um aviso aos demais membros do BRICS sobre o custo de políticas consideradas adversas aos interesses americanos.
Impactos práticos e reações oficiais
Quem seria afetado: Caso o veto de vistos se concretize, torcedores brasileiros comuns seriam os principais prejudicados, pois não poderiam obter autorização para entrar nos EUA durante a Copa. cnnbrasil.com.br. Em contrapartida, a seleção brasileira (e outras equipes qualificadas) não seria afetada diretamente, já que as delegações esportivas possuem regimes especiais de visto (não dependeriam das cotas turísticas usuais). De fato, até países atualmente proibidos de emitir vistos de turista tiveram suas seleções liberadas em competições anteriores (por exemplo, a seleção do Irã se qualificou e jogaria nos EUA, mesmo sob banimento de vistos a iranianos – nesse caso, apenas torcedores e a mídia iraniana seriam impedidos de viajar. sportbible.com). Além disso:
- Mídia e comitiva técnica: Jornalistas e integrantes de comissão técnica brasileiros precisariam de visto comum ou vistos de imprensa. Se o veto atingisse cidadãos brasileiros em geral, esses profissionais também poderiam ser barrados.
- CBF (Confederação Brasileira de Futebol): A entidade afirmou estar ciente da possibilidade e prometeu defender os interesses dos torcedores brasileiros. cnnbrasil.com.br, incluindo a possibilidade de dialogar com o governo federal para buscar soluções.
- FIFA e Infantino: A federação internacional não se manifestou oficialmente sobre o boato. Antes disso, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, assegurou publicamente que torcedores estrangeiros seriam bem-vindos na Copa de 2026. tribuna.com. Sua proximidade política com Trump motivou cautela em comentários, mas tais declarações reforçam que a entidade espera público global no torneio.
Reações oficiais: No Brasil, o presidente Lula tem reagido com tranquilidade. Em entrevista, ele afirmou que o país não negocia “como um país pequeno” e disse não ver motivo para pânico. sportbible.com. Em outras palavras, Lula minimizou o boato e reforçou que buscará diálogo em pé de igualdade. Nos EUA, até o momento não há declaração de Trump ou do Departamento de Estado sobre o tema. De fato, a própria Embaixada dos EUA no Brasil estava estimulando a solicitação de vistos para a Copa. cbn.globo.com, o que indica que o governo americano ainda encoraja visitantes internacionais.
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Conclusão
Até agora, o bloqueio de vistos a brasileiros na Copa de 2026 permanece um rumor não confirmado por autoridades americanas. As reportagens se baseiam em apurações jornalísticas, não em decretos ou declarações oficiais. Entretanto, elas chamam atenção para um cenário real de tensão diplomática: as recentes sanções de Trump contra o Brasil (como o pacote de tarifas de 50%. cnnbrasil.com.br) demonstram que as relações bilaterais estão estremecidas. O suposto veto de vistos aparece como parte desse quadro maior de desentendimentos políticos e comerciais entre EUA e Brasil. chathamhouse.orgcnnbrasil.com.br. Por ora, recomenda-se acompanhar comunicados oficiais: se e quando houver decisão sobre vistos, ela será divulgada por canais governamentais competentes.